O Cine Sertões é um festival de cinema executado pela Maximus Produção Cultural, que exibe filmes com temática ou de origem sertaneja. Ocorre presencialmente na cidade de Lages/SC, com acesso amplo e gratuito. No entanto, conta também com uma mostra online por meio de um hotsite, cuja curadoria fica disponível gratuitamente até janeiro de 2026. É a quarta edição do festival que se iniciou no período pós-pandemia de Covid-19 como um espaço para exibição de obras que falam sobre a identidade cultural e dos diferentes aspectos dos sertões afora, bem como das suas aproximações e diferenças com os sertões catarinenses. Nas outras edições foram exibidos filmes locais, de Santa Catarina e obras de outras regiões do Brasil. Essa edição é realizada com recursos do Ministério da Cultura e Governo Federal, por meio da Política Nacional Aldir Blanc, mediada pela Fundação Cultural e Prefeitura de Lages.
A quarta edição está sendo realizada em parceria com a Secretaria Municipal de Assistência Social, beneficiando o público dos 08 Centros de Referência de Assistência Social (Cras), 01 Centro de Convivência do Idoso (CCI) e o Centro de Acolhimento de População em Situação de Rua (Centro Pop); utilizando o Centro de Convivência do Idoso (CCI) e o Centro Comunitário do Bairro São Pedro como equipamentos culturais, sempre com entrada franca, atendendo prioritariamente a população usuária dos serviços da Assistência Social e Idosos. Cada sessão tem no máximo duas horas de duração e é composta por filmes de diferentes metragens, previamente selecionados pela curadoria do festival. Durante as exibições, ao menos uma obra por sessão possui recursos de acessibilidade comunicacional disponíveis (LSE ou LIBRAS). Além disso, para o público, será oferecida alimentação – pipoca e suco não alcoólico – e ao final de cada sessão haverá uma roda de conversa sobre as obras apresentadas, facilitadas pelo produtor loca, Adilson Freitas.
Além das exibições presenciais o Cine Sertões está disponível na internet. A disponibilização das obras ocorre a partir de um hotsite em parceria com a Associação Cultural Matakiterani – entidade apoiadora do projeto – que ficará no ar por um trimestre. O festival ao longo dos anos tem ganhado importância pelo seu recorte temático, trazendo ao público um panorama de obras que dialogam com a realidade local a partir de outros territórios Brasil afora. De modo a garantir essa diversidade de obras e manter a coerência acerca do tema tratado, a proponente convidou para a curadoria a Associação Cultural Matakiterani que trabalha há mais de 20 anos com a identidade cultural cabocla catarinense e faz parte da Rede de Sabedoria, coletivo que atua com cultura tradicional e a sociobiodiversidade brasileira.
FOLE
Ficçã, 20min.
Caicó (RN)
FOLE, inspirado no conto homônimo de Wescley J. Gama, fala do amor de um pai por seu filho e vice-versa. Os dois, moradores do sertão, tem em comum o amor pela música e pela brincadeira de João Redondo. Seu Luiz Basílio (Mané do Fole) confecciona os bonecos e dá vida a eles tocando seu fole. Nozinho (Emanuel Bonequeiro), o filho, manipula e brinca com os bonecos criados pelo pai. Cumplicidade e respeito mútuo são quebrados por uma tragédia trazida a tona por Cadu (Alexandre Muniz). Mas, é preciso manter a esperança de que vida está sempre presente e precisa ser buscada, mesmo que na profunda tristeza.
VIDA LABORIADA
Documentário, 16min.
Lages (SC)
Vídeo documentário produzido pelo LAPIS-UFSC, em 1995, sobre a vida e as dificuldades dos trabalhadores rurais e da periferia urbana de Lages.
SEBINCA CHRISTO - AS CONSTRUÇÕES DE UMA DEVOÇÃO
Documentário, 23min.
Lages (SC)
Rabiscados em batom vermelho no túmulo já tantas vezes vandalizado, a maioria dos pedidos e agradecimentos à Sebinca Christo são de ordem amorosa: quem sabe ela possa trazer uma antiga paixão de volta, ou vingar um coração partido. Tem muita gente em Lages que atribui à finada cigana graças alcançadas. A história dessa mulher misteriosa e reverenciada como milagreira na serra catarinense é contada no documentário Sebinca Christo – as construções de uma devoção, dirigido pelo documentarista Fernando Leão e pelo historiador Lourival Andrade Júnior.
A LENDA DA SERPENTE DO TANQUE
Documentário, 8min.
Lages (SC)
Documentário produzido pelos acadêmicos de Jornalismo da FACVEST – Lages/SC, sob orientação do professor Fernando Leão em 2005, trata da história popular no município que povoa o imaginário coletivo até a atualidade.
A curadoria dos filmes foi realizada pela Matakiterani, em função do seu histórico de trabalho com culturas tradicionais, a temática da identidade cultural cabocla e os sertões catarinenses.
Projeto Cine Sertões – 4ª Edição — aprovado no Edital 06/2025 da Política Nacional Aldir Blanc de Incentivo à Cultura (PNAB), realizado com recursos do Ministério da Cultura e Governo Federal, viabilizado pela Fundação Cultural e Prefeitura de Lages.