Para construir a Rede dos Praticantes de Manifestações Religiosas de Matriz Africana e Indígena da Serra Catarinense, o projeto Que terreiro é esse, está conhecendo as pessoas, líderes, babalorixás e adeptos a estas doutrinas e cultos.
Vários ambientes estão construídos. O que chama atenção é que os líderes atuantes, muitos deles, ainda crianças tiveram experiências espirituais que fez com que seguissem, quando adultos, o culto que mais lhe agradasse ou indicado para sua condição naquele momento.
Conversamos com Angelita de Xangô, iniciada na nação e praticante da umbanda e quimbanda. Moradora do bairro popular disse receber em sua casa muitas pessoas em busca de consolo. Saúde, trabalho e até mesmo orientação são os pedidos de melhora feitos.
“Chegam muitas vezes muito carentes, mas com problemas de toda ordem”, comentou Angelita.
Já para o Babalorixá Marcio Vieira Proença, filho de Xangô e Oxum (São Miguel Arcanjo e Nossa Senhora Aparecida) “nossa religião não é brinquedo”. Marcio iniciou por ter tido problemas de saúde, relato dito por diversos entrevistados. Desenvolveu seu dom no terreiro do conhecido e falecido Adalberto Amaro Duarte, que residia em São Joaquim, cidade em que sua viuva Dona Vera continua os trabalhos com casa aberta para atendimento das pessoas. Pai Marcio é do Candomblé, há 14 anos.
A entrevista com Angelita foi feita no dia 15 de janeiro e com o Pai Marcio no dia seguinte.