O contato como os Povos de Terreiro do Município de Lages inicia no ano de 2011 a partir da execução do Projeto “Que Terreiro é Esse! Construção do Ambiente Cultural em Rede dos Praticantes de Manifestações Religiosas de Matriz Africana e Indígena na Região Serrana de Santa Catarina”, do pesquisador Gilson Maximo de Oliveira. A iniciativa mapeou terreiros, casas e tendas que praticam Umbanda, Quimbanda, Batuque e Candomblé, registrou o trabalho em audiovisual e gerou uma compilação de dados que pretende publicar em formato de cartilha.
Os Povos de Terreiro trabalham por meio constituição de uma identidade cultural e religiosa centrados em 03 aspectos principais: as experiências na infância, o pertencimento a uma família de santo, e as práticas da religiosidade que geram religião. A Matakiterani pesquisa e gera produtos que registram tais praticam no que tange as suas características culturais para que sirvam de suporte pedagógico e de elaboração de uma narrativa da história desses povos a partir do seu ponto de vista. O desafio é transformar os dados de pesquisa em produtos e prover o acesso aos jovens no ambiente escolar, no contexto da lei 10.639 que institui obrigatoriedade do ensino da História da África e dos africanos, no currículo oficial das redes públicas e privadas, e da lei 11.645, e que torna obrigatório o Ensino da História e Cultura Indígena no currículo das redes pública e privadas de ensino, respectivamente.