Com as apresentações gratuitas de espetáculos com técnicas circenses, teatro popular de bonecos e solo dramático, a mostra de repertório da Cia Matakiterani atraiu mais de 200 pessoas, sendo a maioria estudantes de escolas públicas de Lages. O público teve a oportunidade de prestigiar os recentes trabalhos do grupo em quatro momentos repletos de conhecimento, emoção e alegria.
O teatro do Sesc lotou quando “Joaninos” foi apresentado. Na plateia, alunos e alunas das escolas municipais Susana Albino França e Ondina Neves Bleyer, além de público espontâneo, prestigiaram os artistas que deram vida à Doca e Firmino. “ Após a apresentação circense tivemos uma roda de conversa sobre o trabalho com a participação ativa dos espectadores. Os estudantes foram os mais curiosos e isso demonstra o quanto a arte pode fomentar a educação e despertar o aprendizado”, conta a artista Morgana Oliveira
Essa interação com o público se repetiu no auditório da Irmandade Nossa Senhora das Graças, onde ocorreram duas apresentações da Dança do Urubu e o Mimizinho Curandô. Os 70 estudantes de escolas públicas atendidos pela instituição assistiram à representação de uma história da vida de Miguel Antunes de Freitas, o Mestre Mimi, contada por bonecos construídos com serragem.
Ao final de cada apresentação também teve roda de conversa e as crianças e adolescentes foram convidados a conhecer o cenário e os bonecos. Ana Júlia Freitas, estudante da Escola de Educação Básica Zulmira Auta da Silva, havia conhecido a técnica para confeccionar os bonecos com o artista Adilson Oliveira em oportunidade anterior. “Ver a movimentação dos bonecos no palco com a música tocando é muito legal. Gosto bastante porque esse momento do teatro é diferente daquilo que a gente tem todo dia na escola”, diz a menina.
O monólogo “ Encantados” foi visto por cerca de 20 pessoas. A maioria assistiu ao trabalho pela primeira vez. “ A apresentação tinha articulação de público de estudantes do ensino médio das escolas públicas estaduais, que infelizmente não compareceram por causa da greve dos professores. Além disso, o mau tempo impossibilitou a participação de outras pessoas da comunidade”, explicam os produtores.
Além da produção do espetáculo, o projeto que foi realizado com recursos do Governo Federal por meio da Lei Paulo Gustavo, operacionalizados pela Fundação Catarinense de Cultura e Governo de Santa Catarina com o Edital Paulo Gustavo D+, financiou o deslocamento dos estudantes até o local do espetáculo no primeiro dia de apresentações. Em todas havia interpretação em libras e disponibilidade de áudio descrição.
A iniciativa contou com o apoio do Sesc Lages, Uniplac, Fundação Instituto Nereu Ramos (Antigo Seminário), Irmandade Nossa Senhora das Graças e escolas municipais de educação básica Susana Albino França e Ondina Neves Bleyer.
Fotos: Tutu