Seu Sebastião dos Balaios ministrará oficinas, transmitindo à comunidade a técnica a qual desenvolve há mais de 35 anos
Durante os meses de setembro e outubro de 2019, o mestre Sebastião Aldori de Oliveira – conhecido como Seu Sebastião dos Balaios – executará sua agenda de oficinas, proporcionadas por meio do incentivo recebido através do Prêmio Culturas Populares 2018: edição Selma do Coco.
O mestre é artesão e realiza seus trabalhos com matéria-prima local: a taquara. A partir da trama de suas fibras, confecciona peças singulares, estética e tecnicamente, cuja prática foi ensinada pela sua avó, descendente dos povos originários. Dentre suas produções estão cestos, balaios e peneiras.
A maior dificuldade em compartilhar a técnica, segundo Seu Sebastião “é despertar o interesse dos mais jovens e fazer com que enxerguem nesse trabalho uma fonte de renda complementar”, reiterando, dessa maneira, a importância de premiações como essa para visibilizar os mestres da cultura popular e manter o fio de transmissão de seus conhecimentos para as gerações atuais, além de destacar tais práticas como possibilidade de geração de renda e de compreensão e domínio sobre o processo produtivo: uma vez que abrange desde a extração da matéria-prima ao acabamento das peças.
Por meio dos recursos provenientes da premiação no edital Culturas Populares, foi possível estabelecer uma agenda, que prevê o contato direto do mestre com a comunidade, com o intuito de ensejar a fruição da prática cultural, bem como fomentar o interesse de novos aprendizes em relação à técnica do mestre, possibilitando sua continuidade.
As oficinas ocorrerão em lugares diversos, e estão inclusas na programação de eventos, os quais possuem temática a fim com a prática do mestre, tais como o Encontro da Rede Ecovida (Núcleo Planalto Serrano) e o Pixurum, que é uma reunião mensal, tratando de temáticas provenientes da cultura popular e ocupando o espaço do Centro Cultural Vidal Ramos, com a parceria do Sesc e da Uniplac.
O calendário das oficinas e a cobertura de suas execuções estarão disponíveis no site da Associação Cultural Matakiterani.
Texto: Morgana Cristina de Oliveira
Foto: Cesar de La Plata